João Galafuz

João Galafuz

Em São Luís do Maranhão, havia um homem, conhecido como Zé do mar, porque era pescador experiente e muito antigo por aquelas bandas. Estava a pesca já bem no crepúsculo da noite. Zé do Mar era bom pescador, mas só gostava de pescar sozinho. Assim que a noite chegou, raios começaram a surgir no céu e trovões e uma imensa nuvem negra que apagou o brilho da lua.

Debaixo de uma chuva escaldante com raios e trovões, Zé do Mar continuou a navegar seu pequeno barco e, vendo uma pedra grande e pontuda erguida sobre o mar, lançou sobre ela uma corda coma âncora para o seu frágil barco não se perder na imensidão do mar que parecia um monstro negro espumante a se chacoalhar, Preso à colina marinha, Zé do peixe se segurou com o seu barco a balançar. De repente, iluminando a pedra à sua frente com a lanterna, viu surgir por trás dela em meio à escuridão da noite um duende que emergiu das ondas e de trás da pedra com um facho luminoso em seu corpo de várias cores.

Naquele momento a tempestade piorou muito e os raios caíram do céu como se fossem flechas de Deus e iluminando todo o mar agitado com ondas de mais de 30 metros de altura; e aquele duende agachado sobre a pedra que brotava do mar, saltou em cima do barco e começou a balançar, ainda mais, até que o barco afundasse completamente e Zé do Mar morresse afogado. Enquanto isso, João Galafuz, o duende do mar, continua pelas noites em pedras que emergem das lágrimas de Deus a destruir a vida de marujos e a naufragar embarcações.

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